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[RESENHA #339] AS SOBREVIVENTES - RILEY SAGER


Título: As Sobreviventes
Autor: Riley Sager
Editora: Gutenberg
Páginas: 336
Ano: 2017
ISBN: 9788582354629
Onde Comprar: Amazon - Saraiva

Sinopse:
 “Ela corria por instinto. Um alerta inconsciente de que precisava continuar, independentemente do que acontecesse. ” Há dez anos, a estudante universitária Quincy Carpenter viajou com seus melhores amigos e retornou sozinha, foi a única sobrevivente de um crime terrível. Num piscar de olhos, ela se viu pertencendo a um grupo do qual ninguém quer fazer parte: um grupo de garotas sobreviventes com histórias similares. Lisa, que perdeu nove amigas esfaqueadas na universidade; Sam, que enfrentou um assassino no hotel onde trabalhava; e agora Quincy, que correu sangrando pelos bosques para escapar do homem a quem ela se refere apenas como Ele. As três jovens se esforçam para afastar seus pesadelos, e, com isso, permanecem longe uma da outra; apesar das tentativas da mídia, elas nunca se encontraram. Um bloqueio na memória de Quincy não permite que ela se lembre dos acontecimentos daquela noite, e por causa disso a jovem seguiu em frente: é uma blogueira culinária de sucesso, tem um namorado amoroso e mantém uma forte amizade com Coop, o policial que salvou sua vida naquela noite. Até que um dia, Lisa, a primeira sobrevivente, é encontrada morta na banheira de sua casa com os pulsos cortados; e Sam, a outra garota, surge na porta de Quincy determinada a fazê-la reviver o passado, o que provocará consequências cada vez mais assustadoras. O que Sam realmente procura na história de vida de Quincy? Quando novos detalhes sobre a morte de Lisa vem à tona, Quincy percebe que precisa se lembrar do que aconteceu naquela noite traumática se quiser as respostas para as verdades e mentiras de Sam, esquivar-se da polícia e dos repórteres insaciáveis. Mas recuperar a memória pode revelar muito mais do que ela gostaria. 

Resenha: As Sobreviventes de Todd Ritter sob o pseudônimo Riley Sager é considerado por Stephen King como o melhor thriller de 2017. Há cerca de dez anos, a jovem Quincy Carpenter viveu aquele que pode ser considerado o pior dia da sua vida. Em um final de semana ela e seus amigos de universidade foram para uma cabana comemorar o aniversário da sua melhor amiga. Contudo o que era para ser motivo de festa e alegria, tornou-se na verdade um grande trauma para Quincy Carpenter, pois ela foi a única sobrevivente de um massacre que ocorreu nesse lugar e todos os seus amigos foram mortos.

"Todas aquelas pedras, espinhos e galhos mordiam Quincy, que corria berrando pela mata. Mas ela não parou. Nem quando as pedras cravaram na sola de seus pés descalços, ou quando um galho fino chicoteou seu rosto e um fio de sangue escorreu por sua bochecha."
p. 7.

Mesmo após passar uma década desse fatídico e triste dia, Quincy não consegue se lembrar muito do que ocorreu naquele final de semana, exceto por lembrar de quando ela foge correndo loucamente pela floresta tentando escapar, até o momento que encontra um policial antes de desmaiar, deixando uma enorme lacuna por preencher em sua memória sobre o que de fato ocorreu. Após a traumática experiência, Quincy tenta levar um vida normal e trabalha como confeiteira. Durante esse período pós-massacre a jovem sempre manteve contato com Coop, o policial que ela encontrou, que acaba se tornando uma espécie de protetor para ela.
Quincy na verdade não é a única mulher que passou por um grande trauma em decorrência de massacres ou chacinas, pois Lisa e Samantha também são sobreviventes de massacres semelhantes e anteriores ao seu. Quincy, Lisa e Samantha, por serem as únicas sobreviventes desses massacres, passam a ser conhecidas como as "Garotas Remanescentes" e como a mídia não dá trégua, elas nunca conseguiram se livrar do trauma que sempre vem à tona.

"[...] São os pesadelos, a culpa, a tristeza persistente. Principalmente, é a torturante e inabalável sensação de que não era para eu ter sobrevivido. De que não passo de um inseto desesperado e desconcertado que o destino esqueceu de esmagar." p. 57. 

Para piorar a situação, quando a vida de Quincy começa a se estabilizar é que tudo vai por água abaixo, pois uma das garotas sobreviventes é encontrada morta. Porém novas informações começam a surgir na vida da confeiteira e com isso existe a esperança de que as lembranças do seu passado possam ser revividas, e assim, Quincy provavelmente poderá se lembrar de tudo o que ocorreu naquele traumático final de semana.
Opinião: As Sobreviventes é um livro extremamente viciante e envolvente. A escrita de Riley Sager é extremamente fluída e a autor nos conduz pela trama em alguns momentos através do passado (flashbacks) e em outros momentos no presente de forma magistral. Aos poucos vamos desvendando os mistérios sobre o que ocorreu com Quincy, mas isso somente é possível quando ela vai recuperando aos poucos a sua memória. A cada nova descoberta e a cada avanço, vamos imaginando diferentes finais para a trama. Riley Sager leva ao leitor diversas cenas que são altamente tensas e isso é algo super positivo. As Sobreviventes conta com um final surpreendente, digno de um grande filme de suspense. Acredito que o livro vá agradar tanto aqueles leitores iniciantes em thrillers como aqueles mais exigentes. Agradeço ao Grupo Autêntica por me enviar esse livro fantástico.
Sobre a Edição: A Editora Gutenberg fez um belo trabalhou, caprichou no projeto gráfico, a capa por sinal tem tudo a ver com o clima de suspense e mistério da trama. As folhas são amareladas, a fonte e o espaçamento estão confortáveis e a revisão ficou muito boa. Os capítulos são curtos e isso proporciona uma rápida leitura. O livro ainda conta com orelhas e informações sobre a autor.
Sobre a Autor: Todd Ritter nasceu na Pensilvânia, Estados Unidos e utiliza do pseudônimo Riley Sager para escrever seus livros. Sager (Ritter) escreve e trabalha em edição e design gráfico. As Sobreviventes é o seu primeiro thriller e foi um verdadeiro sucesso, tendo sido publicado em mais de 20 países. Além de escrever, Riley utiliza o seu tempo vago para ler, ver filmes e cozinhar. Atualmente, reside em Princeton, Nova Jérsei.

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