About Me

header ads

[RESENHA #272] POLLYANNA - ELEANOR H. PORTER


Título: Pollyanna
Autora: Eleanor H. Porter
Editora: Martin Claret
Páginas: 201
Ano: 2017
ISBN: 9788544001424
Onde comprar: Saraiva

Sinopse: Pollyanna é uma história sobre amor, amizade e, sobretudo, do surpreendente poder de transformação que crianças e adolescentes detêm sem que percebam. Pollyanna é otimista, positiva, alegre e feliz. Não aceita justificativas para a tristeza; dedica-se com afinco a ensinar a todos o caminho para superar as adversidades. A obra é um clássico da literatura infanto-juvenil. Pollyanna é jovem, mas apresenta muita maturidade, serenidade perante os problemas. Este clássico mundial nos ensina a viver de forma mais leve e otimista.

Resenha: Foi em uma manhã de junho que Nancy, a empregada da Sra. Polly Harrington, ficou sabendo que teria que ir até a estação para ir buscar a sobrinha de sua patroa, a menina Pollyanna. Espantada, Nancy, nunca imaginou que a senhora Polly, tinha uma sobrinha e que ainda iria morar ali com ela. A senhora Polly não havia gostado nem pouco da grande novidade, pois não conhecia a menina e também nunca teve vontade. Seus laços com a irmã haviam sido cortados há muitos anos desde que ela havia fugido com aquele homem e a deixado sozinha. Mas, a senhora Polly sabia de seus deveres, isso sim, com absoluta certeza. Ela sabia o que seria certo fazer e assim o fez.

"Com o cenho franzido, Miss Polly dobrou a carta e a recolocou no envelope. Respondera no dia anterior, dizendo que aceitaria a criança, naturalmente. Conhecia os seus deveres o suficiente para assumir a tarefa, por mais desagradável que fosse." p. 11.
Após receber a tarefa daquela manhã, que seria limpar o pequeno quarto no sótão para a nova moradora, Nancy se pôs a fazer o melhor possível para que a pequena Pollyanna pudesse chamar aquele lugar de lar. Não entendia como a senhora Polly poderia querer alojar a menina logo naquele lugar, com tantos quartos disponíveis na casa. Mas, Nancy estava resoluta a deixar o mais agradável possível aquele lugar frio e nada aconchegante. Também não entendia ou tampouco concordava em ter que ir até a estação buscar a menina. Ora, aquilo era um dever da senhora Polly. Mas, Nancy não tinha outra coisa a fazer, concordando ou não, a não ser ir buscar a menina Pollyanna. Um pouco mais tarde, Nancy foi ter com o velho Tom, o jardineiro que já trabalhava para a senhora Polly, incontáveis anos. Por intermédio dele, ficou sabendo mais da história da senhora Jennie, irmão da senhora Polly e, também descobriu um pouco mais do passado de sua patroa e talvez o motivo principal dela ser tão impossível e amarga como era.

"(...) Não tem jeito de agradar a ela, não importa o quanto se tente. Não ficaria aqui se não fosse pelo salário e pelo pessoal lá de casa, que precisa desse dinheiro. Mas algum dia...algum dia eu não vou conseguir aguentar; e então, naturalmente, será meu adeus. Sei que sim." p. 15.
Nancy teve mesmo que ir até a estação buscar Pollyanna, naquela tarde de junho. Foi de charrete com Timothy, que também trabalhava para a senhora Polly. Não demorou muito e eles a encontraram, pois Nancy reconheceu a criança no mesmo instante. Assim que a chamou, Nancy viu-se sendo abraçada pela menina de uma maneira esfuziante e agradecida. Estava claro que a pequena Pollyanna havia tomado Nancy por sua tia Polly. Nancy não teve coragem, em primeiro momento, de dizer que não era a senhora Polly, mas também não teve muita chance, pois a menina não parava de falar, principalmente por estar contente por muitas coisas.

"(...) Ele disse-me que eu preciso ficar contente. Mas é muito difícil... quer dizer, mesmo de vestido xadrez vermelho... porque eu... gostava tanto dele, que achava que eu devia ficar com ele, especialmente quando minha mãe e o resto deles têm Deus e todos os anjos, e eu não tinha ninguém a não ser as Auxiliadoras. Mas agora será mais fácil, porque tenho a senhora, tia Polly. Estou muito contente por ter a senhora..." p. 21.

A recepção de tia Polly foi exatamente como esperado. Ela não se levantou e com ar de "dever" apenas estendeu a mão à Pollyanna. Porém, ficou totalmente desconcertada com a reação da menina, que foi correndo e se atirou no colo da tia, agradecendo em meio aos soluços. Tia Polly, claro a fez se levantar e ficar de uma maneira apropriada. Após alguns minutos e muitas palavras de Pollyanna, tia Polly, rígida e fria, proibiu a menina de falar qualquer coisa relacionada ao seu pai, desconcertando momentaneamente a menina, mas que logo em seguida entendeu a "bondade" da tia, pois se ela não falasse sobre seu pai, seria muito mais fácil. Logo depois, Pollyanna, foi levada a um quarto que não era nada do que ela esperava, mas mesmo assim, ela pode ver o lado bom disso também.
Naquela mesma tarde, depois de uma "fuga" de seu novo quarto, Pollyanna, se encontrou com Nancy, que estava muito preocupada atrás dela. A menina tinha perdido o jantar e agora teria que comer na cozinha apenas pão e tomar leite. A reação de Pollyanna, espantou Nancy, que percebeu o quanto essa menina era diferente, principalmente, por ficar contente por praticamente tudo que acontecia em sua vida. Foi então que a menina Pollyanna contou a Nancy "o jogo do contente".

"(...)- Sim. Sabe, eu queria uma boneca, e meu pai havia escrito pedindo que a mandassem, mas quando o barril chegou, não havia bonecas, e sim um par de pequenas muletas. Acharam que poderiam ser úteis para alguma criança. Foi aí que começamos tudo." p. 35.

Os dias vão se passando e Pollyanna acaba ficando conhecida cada vez mais naquela pequena cidade, onde todos ficam intrigados com o modo peculiar que aquela menina encara a vida. Pollyanna vai fazendo cada vez mais amizades durante sua estada na casa de sua tia e, principalmente, espalhando aquele estranho e eficaz "jogo do contente".

Opinião: Tenho que dizer que Pollyanna foi uma grande e agradável surpresa. Eu realmente não esperava uma leitura tão agradável e enriquecedora. Eleanor H. Porter criou uma obra, atemporal, que pode e deve ser lida por todos. Sempre achei que Pollyanna era apenas mais um livro infantil e nada além disso. Fico contente em poder ter me enganado, pois quando comecei a ler a história, percebi que estava muito enganado e ela me arrebatou totalmente. A autora transformou em um clássico, um dos maiores problemas de toda uma sociedade: como ser feliz!! Nada mais atual do que a busca pela tal felicidade plena. A autora nos mostra, através da personagem Pollyanna e de seu jogo do contente, como deveríamos nos portar diante de tantas situações degradantes, desconcertantes e desagradáveis. Ela mostra que ver o lado bom de tudo, sempre será a melhor saída.
Com uma escrita muito fluída, Eleanor H. Porter, nos transporta para uma viagem onde a bondade, a inocência, a força de vontade e principalmente a alegria são, de uma certa forma, o melhor caminho para ser feliz. A mensagem do livro é extremamente positiva e nos faz pensar muito em como encaramos muitas das situações que passamos no nosso dia-a-dia. A pequena Pollyanna funciona como uma enorme metáfora que tem o único propósito de apenas viver. 

Pollyanna pode ser encarada como aquela ferramenta que liberta aquele desejo enterrado lá no fundo de si mesmo que quer que você viva melhor e mais contente, mas não sabe como fazer isso. Diversas situações e personagens são colocados à prova de Pollyanna nessa bela história; e posso dizer que todos falham miseravelmente em ignorar ou rechaçar toda e qualquer tentativa de Pollyanna em fazê-los enxergar o óbvio. Tenho que dizer, que realmente, Pollyanna de Eleanor H. Porter foi uma das melhores leituras que já tive.

Quanto a nova edição que a editora Martin Claret apresenta, posso dizer que está belíssima. Tem uma nova capa muito bonita, com aba larga, toda em verniz e com título em relevo, papel amarelado e fonte bastante agradável.
Leitores, o livro Pollyanna de Eleanor H. Porter, lançado pela editora Martin Claret, além de ser um clássico absoluto é adoravelmente IMPERDÍVEL .

Postar um comentário

23 Comentários

  1. Oiii tudo bem?
    Realmente eu adoraria realizar a leitura desse livro Jeffa, tudo que envolva crianças e até mesmo seu desenvolvimento acabam me instigando, ótima resenha e dica anotada, adorei essa capa.
    Abraços

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado, Morgana. Leia sim, pois vale muito a pena. Beijos e obrigado pela visita.

      Excluir
  2. Tenho muita vontade de ler esse livro, afinal ele é extremamente citado em filmes e séries. Quero muito entender melhor a história.
    Beijos
    Mari
    Pequenos Retalhos

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Pois, leia. Mari, tenho certeza que vai gostar e a edição nova está muito bonita. Beijos e muito obrigado.

      Excluir
  3. Olá, tudo bem?
    Eu já havia ouvido falar nessa personagem, mas pensei que fosse de série ou filme, nem sabia que tinha o livro. Também achei que fosse bem infantil, mas parece que a mensagem que esse livro passa é pra todo mundo. E a edição está bem fofa, adorei. Beijos <3

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Roberta, sempre pensei que era um livro para crianças, mas como viu, estava bem enganado. Leia sim, vai gostar. Muito obrigado, viu. Beijos.

      Excluir
  4. Pollyanna é um livro que me marcou. Quando eu tinha uns 10 anos eu lia nas tardes de sábado com a minha mãe ou antes de dormir. Eu amava. Ria, me divertida, achava lindo... Minha edição está velhinha, mas tenho um amor gigante por ela.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Aproveita, Ingrid e troca pela nova edição que está muito bem cuidada. Muito obrigado pela visita, viu. Beijos.

      Excluir
  5. Olá, quem nunca ouviu algo sobre esse clássico, não é mesmo? Eu tenho vontade de ler ele, especialmente após sua resenha, para conhecer mais de perto a história dessa garota tão especial. E essa nova edição parece muito bonita.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. MarijLeite, leia sim. Você vai gostar muito. A edição está muito linda. Muito obrigado pela visita. Beijos.

      Excluir
  6. Geralmente, uso esse livro em sala de aula para fazer análise social crítica com os jovens, é uma boa obra que se bem contextualizada e interpretada, pode mudar a vida do leitor, ou não.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lilian, muito bacana essa sua atitude. Espero que sempre mude e pra melhor. Muito obrigado, viu. Beijos.

      Excluir
  7. Oi Jeffa,
    Adorei a sua resenha. Lembro desse livro porque minha irmã amava a história. Cresci com a ideia de ser um livro para as meninas e nunca me interessei por ler. Bobeira, eu sei. Vou procurar essa edição da Martin Claret.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Garotos perdidos, eu também achava a mesma coisa...um livro para meninas. Quebrei a casa...kkkkkk... Muito obrigado pela visita.

      Excluir
  8. Oie
    ai que edição mais lindinha, eu ainda não conhecia essa edição mas li o livro faz uns bons anos e adorei, a edição era uma graça também e é uma bela história para apresentar as crianças

    beijos
    http://realityofbooks.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Catharina, a edição está muito bonita mesmo. Obrigado pela visita. Beijos.

      Excluir
  9. Nossa li esse livro a muitos anos. Ainda era criança. Me lembro vagamente de todos os detalhes mas realmente é uma história linda. Parabéns pela resenha. Não sabia da nova edição. A não ser é claro que eu esteja misturando os livros. Mas não creio que esteja. Rsrsrsrsrsrs

    Beijos.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Karine, muito obrigado. Essa nova edição está bem bonita. Beijos.

      Excluir
    2. Karine, muito obrigado. Essa nova edição está bem bonita. Beijos.

      Excluir
  10. Achei esse livro uma graça. Não é muito o meu tipo de leitura, mas a capa e o acabamento parecem ser maravilhosos, e confesso que isso foi o que mais me deu vontade de ler!

    http://laoliphant.com.br/

    ResponderExcluir
  11. Eu sou louca pra ler esse livro, ainda mais depois que eu soube que foi nele que foi criado o ''jogo do contente'' que mesmo sendo controverso é uma forma interessante de pensamento.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Paac, leia sem medo. Muito obrigado pela visita. Beijos.

      Excluir