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[RESENHA #212] O JOGO MAIS DOCE - J.STERLING


Título: O Jogo mais doce
Autora: J. Sterling
Editora: Faro Editorial 
Páginas: 200
Ano: 2014
ISBN: 9788562409288
Onde Comprar: Amazon- Saraiva

Sinopse: Eu sinto que nasci para ficar com ele, como as conchas na praia. Jack era a concha, em constante movimento, sendo lançado de lugar a lugar pelo fluxo de alguma coisa mais poderosa que ele. E eu era a areia, prendendo-me e agarrando-me a ele, aliviando seus tombos a cada avanço, sempre fiel. Cassie Carter

Quando sua carreira no beisebol chega ao fim, é como se batessem com um martelo em seu peito. Então você finalmente percebe que pode amar o esporte, mas ele nunca pode ser comparado ao amor de sua vida. Todas as noites sem dormir, as horas passadas na academia, o condicionamento, o treinamento, a preparação mental, os feriados perdidos, as ausências em momentos importantes de sua família… tudo para quê? O seu esporte, o seu trabalho, não ficou acordado por noites a fio, torcendo, cuidando, tentando descobrir como tornar você um jogador melhor ou dando mais do que você merecia. Ele é um negócio. Um esporte. Um jogo. E, por mais que minha vida tenha sido transformada por ele, é hora de deixar isso para trás. Jack Carter

Resenha: O Jogo mais doce encerra a história de Cassie e Jack de uma forma tão cativante e realística que parece que conhecemos os personagens de nosso cotidiano e terminamos a leitura com uma sensação de saudade extrema.

Jack e Cassie se casaram numa cerimônia discreta na casa dos avós dos Carter e agora estão mais unidos que nunca. Nossa jovem fotografa amadureceu depois das turbulências do livro passado e agora vive um romance real e profundamente apaixonante com o arremessador estrela dos Meets de Nova York. Jack agora tem sua gatinha para todos os momentos, mas ainda tenta equilibrar sua carreira esportiva e sua nova vida de casado.

Como a vida desses dois é uma bela novela mexicana um inesperado desastre coloca à prova o amor e a confiança de ambos. Num jogo importante dos Meets, Jack acidentalmente pega uma bola direta do rebatedor e tem sua mão esquerda fraturada. Isso resulta num afastamento dos campos por seis semanas. Um tempo bem curto para uma recuperação, porém um castigo extremo para um atleta que pode ser substituído por qualquer outro garoto mais novo. Nesse momento, o casamento de Jack torna-se um verdadeiro inferno.

"Ver meu marido confian.te reduzido àquela casca de homem me esmagava." p. 48

Um homem acostumado a jogar constantemente beisebol e ser atleta profissional de alta categoria não receberia bem uma lesão que podia ser a prévia do encerramento de sua carreira de forma precoce. O mau humor e as reclamações viraram as palavras de ação de Carter e transformaram a docilidade e carinho rotineiro dele em lembranças e afetaram emocionalmente Cassie que não sabia como lidar com tudo sozinha. Ela viu-se numa situação dolorosa e angustiante que exigia sua paciência e amor por Jack.

"É fácil esquecer o quanto você sente falta de uma pessoa quando você não a vê todos os dias." p. 64

Cassie resolve pedir ajuda para Dean – irmão de Jack – e Melissa – melhor amiga dela – para passarem uns dias na casa dela para apaziguar o clima bélico que se instaurou no apartamento. O que parecia uma boa ideia torna-se o olho do furacão, porque Jack cai em si que precisa compartilhar seus sentimentos e pensamentos com sua esposa, mas Meli e Dean brigam loucamente, porque Melissa não consegue deixar fluir o “lance” que tem entre ela e o mais jovem Carter.

Será que Jack e Cassie conseguirão mais uma vez vencer seus problemas? Ou será que essa vez o relacionamento vai terminar? E Melissa e Dean? Por que Meli não corresponde ao amor do jovem Carter? Como terminará o último volume dessa série intensa e cativante?

Opinião: Queria contar mais para você, mas o livro é curtinho e qualquer outro acontecimento enunciado aqui seria um spoiler desnecessário, porém confesso que a autora me surpreendeu com esse enredo, porque amadureceu em sua escrita e apresentou alguns pontos de vista pessoais através de Cassie.

Cassie está uma pilha de nervos no começo do livro até metade e isso a torna suscetível à emotividade e ao desequilíbrio emocional e por isso pede ajuda á família para lidar com a nova versão de seu Jack Fodão Carter depois da lesão na mão esquerda. Ela lida muito bem com a arrogância e grosseria do esposo nesse momento e demonstra seu amadurecimento desde os últimos acontecimentos e no final do livro tenho orgulho de dizer que ela se tornou uma das minhas personagens favoritas no gênero romance, por suas escolhas bem pensadas, determinação, flexibilidade e intensidade no que faz e em relação ao Jack.
Nosso Fodão Carter tem uma queda conceitual logo no início do livro e fiquei com medo de odiá-lo por todo o sofrimento que estava causando em Cassie. Ele tinha direito de está frustrado e decepcionado pela lesão, mas descontar nos outros estava bem errado, porque as pessoas que o amavam queriam apenas auxilia-lo nesse momento difícil e o fato que pareceu “maldade” do Destino virou depois numa benção, porque mudou o rumo da vida do casal e o levou a uma redenção que desejava desde o primeiro livro para eles.  

Esse livro pode ser sido desnecessário, porque o volume anterior terminou bem fechadinho, todavia quem se apegou a Jack e Cassie sabia que precisava de mais do que a autora tinha oferecido até ali e ela foi brilhante no aprofundamento da história de ambos, porque focou na importância do seio familiar na vida dos atletas, explica que não existe glamour nenhum em ser uma “peça” no esporte de alta ponta, porque seus interesses são irrelevantes quando seu “passe” é do time. Através de Cassie sabemos que só amando muito alguém conseguiremos seguir um relacionamento com alguém que muda constantemente de lugar e além de apresentar brilhantemente a rivalidade irracional das mulheres dos jogadores por causa de “hierarquia” feminina.
Claro que tive vontade de matar Melissa pela chatice dela de não assumir logo que estava apaixonada pelo gato e carinhoso do Dean Carter – lembrei-me do Dean de Supernatural – e ficou enrolado o rapaz até ele cansar de ser “trouxa”. Vale lembrar que na metade do livro esse “ódio” pela Meli passa, porque ela explica o motivo – bobo – que tinha para não assumir seus sentimentos e acabamos compreendendo seu posicionamento.

Sentirei saudades dos diálogos excitantes e divertidos de Jack e Cassie. Como eu queria olhar o sorriso de Carter com suas covinhas... Olhar o trabalho fotográfico de Cassie e ter um pouco dessa paixão dela por eternizar os momentos... Abraçar o vovô e a vovó Carter que são uns doces e sábios... Perturbar Meli e Dean com suas frescuras emotivas. É pode parece muita emotividade, porém os personagens me cativaram que parece que viraram meus amigos.
A edição não tem nenhum um erro, o que me deixou bem feliz além da fonte muito boa que combinou com a narração de Jack e Cassie como nos livros anteriores.

O Jogo mais doce é o encerramento de uma série que traz um casal bem diferente. Jack Fodão Carter é mais maduro e amoroso e Cassie mais insegura e imatura, mas ambos crescem com os tormentos que perturbam seu relacionamento, porém vencem tudo com muito amor e dedicação. 

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