Título: Mortos Entre Vivos
Autor: John Ajvide Lindqvist
Editora: Tordesilhas
Páginas: 360
Ano: 2012
ISBN: 9788564406346
Sinopse: Estocolmo, Suécia, 13 de agosto de 2002. Seria mais um dia normal na capital do civilizado e pacato país com um dos melhores IDH do mundo, não fosse uma "epidemia" de cefaleia e o estranho comportamento dos aparelhos eletrônicos: eles simplesmente não desligam, mesmo quando desconectados da tomada. Prenúncio de fenômeno ainda mais extraordinário: os mortos revivem - inclusive os falecidos até alguns meses antes. De repente, eles se movem, andam, deixam as câmaras de refrigeração dos hospitais, falam (ou balbuciam algumas palavras, como crianças) e podem ser ouvidos arranhando a tampa de suas urnas funerárias, nos cemitérios.
Não se trata de zumbis devoradores de cérebros e transmissores de sua condição de "nem vivo, nem morto" por meio de mordidas. Pelo contrário, os "redivivos" - como passam a ser oficialmente chamados pelo governo - são entes queridos (o avô, o marido, a esposa, o filho, o neto) que todos gostariam de ter de volta ou ao menos por mais um tempo para corrigir erros, pedir perdão (ou perdoar), prorrogar a companhia em nome de momentos felizes e de afetos que a morte impediu de repetir ou de cultivar.
Resenha: Em Mortos Entre Vivos somos levados para a Suécia, quando em um dia aparentemente normal e quente, ocorre algo estranho, ninguém consegue desligar os aparelhos eletrônicos e as pessoas sentem uma forte dor de cabeça. Existe uma eletricidade no ar, praticamente palpável e quando essas sensações passam, o caos se instala em Estocolmo.
Resenha: Em Mortos Entre Vivos somos levados para a Suécia, quando em um dia aparentemente normal e quente, ocorre algo estranho, ninguém consegue desligar os aparelhos eletrônicos e as pessoas sentem uma forte dor de cabeça. Existe uma eletricidade no ar, praticamente palpável e quando essas sensações passam, o caos se instala em Estocolmo.
"A dor de cabeça desapareceu de supetão, o enxame de abelas calou-se de repente. Tudo voltou ao normal. Henning tentou abrir a boca e dizer alguma coisa, talvez para agradecer, mas as mandíbulas estavam travadas com cãibra. Os músculos doíam após ficarem contraídos por tanto tempo." p. 13.
Nos necrotérios e hospitais da cidade, os mortos voltaram a viver, mas não pareciam tão vivos assim, alguns dos ressuscitados passaram a vagar pelas ruas, sem destino. Outros procuraram suas famílias na esperança de serem aceitos. As Famílias que receberam a visita dos seus entes recentemente mortos, ficaram encurraladas e precisaram lidar com essa situação inimaginável, que se mostrou desconcertante.
"Uma morte é sempre excitante, sempre faz com que você perceba quão vivo e vulnerável está, mas quão sortudo é. Mas a morte de alguém próximo também dá uma boa desculpa para que você fique um pouco doido por um tempo, e faça coisas que de outro modo seriam indesculpáveis." p. 59
Em paralelo aos acontecimentos, acompanhamos a história de três famílias em meio ao caos instalado, todas sofreram com a perda e a volta dos seus entes. Nesse caos, vemos que o jornalista Mahler busca exumar o corpo do neto, com a expectativa de levá-lo para casa na esperança de revivê-lo.
"Não era a expectativa de ver os mortos passeando pra cá e pra lá que o deixava preocupado, mas o fato de ele não ter nenhum direito de estar ali." p. 57
Para Elvy a morte do seu marido foi um alívio, porém com os ressurrectos, precisará carregar um fardo pesado. Acompanhamos também David, um comediante amargurado, que perde sua mulher em um acidente de carro, mas que logo vai ter a sua mulher de volta, de uma forma que ele não esperava.
Ao longo da leitura vemos os comportamentos dos mortos-vivos, que parecem inofensivos, muitas vezes agindo como autistas e desejando permanecer entre os vivos, pois acreditam que é entre eles que deveriam estar. Porém, tudo muda, já que um plano é colocado em prática e eles são recolhidos, levados para um campo de concentração, enquanto as autoridades vão decidir o que fazer com eles.
Opinião: Lindqvist apresenta uma premissa bastante interessante em sua obra Mortos Entre Vivos, pelo simples fato de nos apresentar zumbis que fogem do padrão violento e canibalista que conhecemos onde, pelo contrário, são pacíficos e querem apenas conviver com seus familiares.
"Uma morte é sempre excitante, sempre faz com que você perceba quão vivo e vulnerável está, mas quão sortudo é. Mas a morte de alguém próximo também dá uma boa desculpa para que você fique um pouco doido por um tempo, e faça coisas que de outro modo seriam indesculpáveis." p. 59
Em paralelo aos acontecimentos, acompanhamos a história de três famílias em meio ao caos instalado, todas sofreram com a perda e a volta dos seus entes. Nesse caos, vemos que o jornalista Mahler busca exumar o corpo do neto, com a expectativa de levá-lo para casa na esperança de revivê-lo.
"Não era a expectativa de ver os mortos passeando pra cá e pra lá que o deixava preocupado, mas o fato de ele não ter nenhum direito de estar ali." p. 57
Para Elvy a morte do seu marido foi um alívio, porém com os ressurrectos, precisará carregar um fardo pesado. Acompanhamos também David, um comediante amargurado, que perde sua mulher em um acidente de carro, mas que logo vai ter a sua mulher de volta, de uma forma que ele não esperava.
Ao longo da leitura vemos os comportamentos dos mortos-vivos, que parecem inofensivos, muitas vezes agindo como autistas e desejando permanecer entre os vivos, pois acreditam que é entre eles que deveriam estar. Porém, tudo muda, já que um plano é colocado em prática e eles são recolhidos, levados para um campo de concentração, enquanto as autoridades vão decidir o que fazer com eles.
Opinião: Lindqvist apresenta uma premissa bastante interessante em sua obra Mortos Entre Vivos, pelo simples fato de nos apresentar zumbis que fogem do padrão violento e canibalista que conhecemos onde, pelo contrário, são pacíficos e querem apenas conviver com seus familiares.
Achei a ideia do autor super legal em focar nos sentimentos dos familiares, nas angustias, sofrimentos e incertezas deles nesse cenário onde os mortos voltam a viver. A obra tem sua pegada filosófica e aborda aspectos como a religiosidade, é inevitável a reflexão, algo extremamente presente, tendo em vista que o autor nos oferece uma oportunidade de repensar sobre nossas vidas e o impacto que a morte gera.
Essa foi a minha primeira leitura das obras de John Ajvide Lindqvist, meu primeiro contato e fui cativada. O autor parece ser despretensioso com o que apresenta, mas não é. Existe toda uma construção por trás da sua linguagem que aparenta ser simples. A narrativa é brilhante e me envolveu, criei uma grande empatia pelos personagens.
A Tordesilhas fez um trabalho competente. A capa é instigante. A diagramação está muito boa, apresenta fonte em tamanho confortável. A revisão ficou muito boa e o livro foi impresso em papel Norbrite. Quero deixar meus agradecimentos pela editora Tordesilhas por nos ter cedido o livro Mortos Entre Vivos. Por Mayara Frossard
5 Comentários
Valei-me que loucura, os mortos vivem e voltam pras famílias, que enredo doido e extremamente convidativo, particularmente, esse seria um livro que compraria, para mim, uma história inusitada. Gosto do trabalho da Tordesilhas, sempre excepcional.
ResponderExcluirOla!
ResponderExcluirCaramba! Não conhecia a obra e já quero ler. Tem uma proposta muito boa e sua resenha detalhou e explicou exatamente tudo que eu precisava saber desse livro. "pelo simples fato de nos apresentar zumbis que fogem do padrão violento e canibalista" foi o estopim pra me decidir. Adoro livros com zumbis, mas esse livro tem algo mais que pessoas mortas comendo carne humana, tem sensibilidade e questionamentos. AMEI!
Valeu pela dica
Ni
Cia doleitor
Oie
ResponderExcluirmuito legal sua resenha, ainda não conhecia a obra mas gostei bastante do enredo, é bem diferente e a capa passou uma coisa bem instigante
beijos
http://realityofbooks.blogspot.com.br/
Olá Mayara, adoro livros com zumbis então só por isso já fiquei interessada =) Acho bacana quando os autores saem do padrão já pre estabelecido dos zumbis e dele escolher focar nos familiares foi outra sacada boa. Adorei a dica, espero por lê-lo em breve.
ResponderExcluirMeu Mundo, Meu Estilo
Oi Mayara,
ResponderExcluirA história me lembrou a de uma série que passou há alguns anos atrás. Não lembro bem o nome dela. Assisti ao primeiro capítulo e, apesar de achar legal, acabei não acompanhando. Fiquei curioso.
Beijos, André
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