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[RESENHA #107] O PAI GORIOT - HONORÉ DE BALZAC


Título: O Pai Goriot
Autor: Honoré De Balzac
Editora: Coleções Folha (Folha de S. Paulo)
Páginas: 270
Ano: 2016
ISBN: 9788579492907
Onde Comprar: Coleções Folha - Livraria da Folha

Sinopse: Vindo do interior, o estudante Rastignac chega a Paris cheio de ambições, vigor e ilusões efervescentes. Na pensão onde se hospeda, conhece os mais diversos tipos, dentre eles o pai Goriot, um octogenário ofuscado pelo amor infinito que dedica às duas filhas, que o abandonam. Ansioso por integrar a “alta sociedade”, Rastignac vê os seus anseios de juventude confrontados com a crueza e a ferocidade das relações sociais, o poder deformador do dinheiro e o jogo de alianças, ciúmes e interesses. Com seu virtuosismo descritivo e narrativo, Balzac (1799-1850) traça o retrato da capital francesa no início do século XIX, seus ambientes, ruas e habitantes – de uma hospedaria simplória à grande mansão aristocrática, do foragido cheio de ardis ao escritor brioso, passando por mesquinhos políticos, condes e condessas –, e conta uma história de incrível atualidade, em que a firmeza de caráter e o amor de Goriot constituem, para Rastignac, o necessário contrapeso à pressão exercida pelo vício sobre a virtude. Bernardo Ajzenberg Escritor e tradutor.

Resenha: Originalmente publicado em 1834 em fascículos e no ano de 1835 como livro, O Pai Goriot é o primeiro romance onde Honoré começa a colocar em prática sua ideia de criar uma grande novela que retrata a sociedade francesa do século XIX.

O protagonista da história, apesar do título, é o jovem Eugène Rastignac, que veio de uma província para Paris com o intuito de estudar Direito, o jovem sonha em adentrar na sociedade parisiense, retratada pelo autor como o esgoto moral de Paris. Inicialmente o jovem vai morar uma pensão conhecida como Vauquer, nem um pouco luxousa, que reúne os mais variados tipos representativos da burguesia francesa.

"A casa na qual está estabelecida a pensão burguesa pertence Vauquer. Ela fica na parte baixa da Rue Neuve-Sainte-Geneviève, no local em que o terreno se inclina em direção  à Rue de l’Arbelète com uma ladeira tão íngreme e tão difícil que  os cavalos raramente a sobem ou descem." p. 8

Durante sua estadia na pensão, Eugène conhece o enigmático Vautrin, inspirado num famoso ladrão condenado às galésque. O jovem Eugène busca a "proteção" de uma mulher mais velha, para com isso conseguir entrar na alta sociedade de Paris. Para atingir o seu objetivo, ele entra em contato com uma parente distante, a madame de Beauséant, ancestral da duquesa de Guermantes.

Vautrin, na verdade é um ex-prisioneiro foragido e chefe do crime no submundo de Paris, com sua aproximação para com Eugène, caberá a ele, abrir intelectualmente os olhos do jovem provinciano para o funcionamento dessa sociedade repleta de salões e damas da moda, pois Eugène para conseguir adentrar nessa sociedade, ele não hesita em pedir empréstimos ou dinheiro à sua família. 

"Ao pronunciar o nome do pai Goriot, EugÈne fizeram um gesto com a varinha mágica, mas o efeito foi o inverso daquele que haviam conseguido aquelas palavras: parente da sra. Beuaséant." p. 65

No decorrer da trama, o jovem protagonista, graças à ajuda de sua prima, Sra. Beauséant, conhece Dalphine, uma baronesa filha de um homem muito rico, que obteve sua fortuna graças à venda de trigo, tal homem é O Pai Goriot, que na verdade, mora na mesma pensão de Eugène. Conhecendo o parentesco de seu vizinho com a sua nova adorada, o jovem passa a se interessar por Goriot, tornando-se objeto de seu afeto. A partir desse fato, a história se desenrola de forma marcante.

Opinião: Honoré faz um retrato de uma sociedade parisiense no qual a superfície é resplandecente, mas que é podre. O autor tece uma perspectiva muito interessante sobre a mesma, através de uma história de um pai que deu tudo pelas filhas, e de um estudante que encontra diversas dificuldades na sociedade para conseguir seus objetivos.
Esse é um romance intrigante, no qual o autor traz diversas discussões acerca dos defeitos e futilidades presentes na sociedade, algo que faz a obra contemporânea e atual. O Pai Goriot não é apenas uma história de amor, mas uma obra que nos leva para a reflexão, é uma história para pensar. Um verdadeiro clássico!
Em se tratando da edição, a diagramação está muito boa, folhas amareladas, fonte confortável e uma capa lindíssima, que foi pintada pelo ilustrador Weberson Santiago, responsável pelas outras 27 capas da coleção Grandes Nomes da Literatura. Essa obra poder ser adquirida em bancas de jornais ou através do site da Coleções Folha.

Por Mayara Frossard

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