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[RESENHA #350] ROBINSON CRUSOÉ - DANIEL DEFOE

Título: Robinson Crusoé
Autor: Daniel Defoe
Editora: Martin Claret
Páginas: 376
Ano: 2017

ISBN: 9788544001585
Onde Comprar:
 Amazon - Saraiva

Sinopse:
 Escrito como uma narrativa epistolar (aquela em que o protagonista relata os fatos como em uma carta ou diário) é através da voz de Robinson Crusoé que se conhece as aventuras de mais de 30 anos do jovem rebelde que parte em uma viagem rumo ao desconhecido Novo Mundo, sem prever todas as peripécias e adversidades às quais seria submetido ao longo de sua jornada como náufrago. A obra, repleta de personagens cativantes, promete continuar atraindo a atenção dos leitores modernos. Edição ilustrada. 

Resenha: Narrado em primeira pessoa, a história é contada pelo jovem inglês Robinson Kreutznaer que nasceu no ano de 1632, na cidade de York. Integrante de uma boa família, Robinson era o terceiro filho e não tinha vocação para os negócios, pois sempre divagava nos pensamentos. Robinson Crusoé tinha como grande desejo conhecer o mundo através de um navio. Contudo, seus pais não permitiam isso e tinham outros planos para o jovem, pois queriam que Robinson se tornasse advogado e com isso ficasse rico, para assim poder ajudar a família. O seu pai inclusive avisou que se ele seguisse em frente com a decisão de seguir esse caminho, ele iria sofrer grandes infortúnios e teria uma vida difícil.

Apesar de todas as recriminações, mas firme em sua decisão e com o objetivo em mente de navegar o mundo afora, com apenas 18 anos Crusoé resolve fugir de casa, avisando da sua decisão apenas para a sua mãe. Robinson decide embarcar em uma viagem para Londres. Logo em sua primeira viagem em alto mar o navio vai a pique e a tripulação quase morre devido uma forte tempestade que enfrentaram. Porém, ele segue firme em seu intento e vai sozinho até a cidade londrina onde conhece um comandante que o ajuda a tornar-se marinheiro.

"Aquela malévola influência que pela primeira vez me levou para longe da casa de meu pai - que me fez ir atrás da ideia selvagem e imatura de melhorar a minha situação, e que marcou esses conceitos tão fortemente sobre mim a ponto de me fazer surdo a quaisquer bons conselhos e às súplicas e até ordens de meu pai [...]." p. 37.

Em alto mar a maior das suas aventuras é frustrante e o jovem Robinson acaba sendo feito cativo, tornando-se escravo em um navio pirata onde fica por alguns anos, até que certo dia ele consegue escapar e os portugueses o convidam para tripular um barco. Crusoé em suas viagens vem ao Brasil colonial e compra terras para plantar cana-de-açúcar. Esse investimento rendeu frutos para Crusoé, porém ele não se contentou com essa vida e voltou para o mar, partindo do Brasil para a Guiné com o objetivo de capturar escravos para trabalharem em suas plantações.
Durante a viagem os infortúnios voltam para atormentá-lo e diante de terríveis tempestades Crusoé decide mudar de rota para fugir delas. Porém, o seu barco naufraga perto de uma ilha, sendo ele o único que consegue sobreviver nesse desastre. Escapando milagrosamente da morte, Crusoé vai nadando até essa ilha onde busca refúgio. Ao invés de ficar se lamentando por tudo que ocorreu, Robinson decide lutar por sua vida e decide sobreviver para um dia poder sair da ilha em que se encontra, mas antes ele decide resgatar alguns objetos valiosos que estavam no seu barco como uma arma, papel e tinta.

"Quando acordei já era dia, o céu estava limpo e a tempestade havia acabado, de modo que o mar não estava bravo nem alto como antes. Mas o que mais me surpreendeu foi que de noite o barco havia sido alçado do banco de areia em que estava, que mencionei antes, na qual me feri seriamente quando a onda me arremessou [...]" p. 71.

No início tudo é difícil e precário na ilha, porém com o passar dos anos Crusoé vai se adaptando a nova realidade, inclusive constrói uma cabana para ter alguma proteção. Durante esse tempo Crusoé construiu um barco para tentar sair da ilha e não obteve sucesso. Livre e preso ao mesmo tempo ele resolve fazer uma expedição pela ilha descobrindo assim que a terra era propícia e fértil para plantação, dessa forma resolveu gastar o seu tempo no cultivo e plantações de cereais para obter alimentos. 
É durante a sua estadia de quase 27 anos de solidão absoluta na ilha que Robinson encontra valores éticos, morais e religiosos que jamais havia pensando que poderiam fazer parte da sua vida. O destino por fim resolve sorrir para Robinson, até que certo dia ele vislumbra no horizonte um barco no horizonte que o leva de volta para a sua amada Inglaterra. Contudo, suas aventuras não param por aí, Crusoé resolve realizar novas viagens e assim escrever novos capítulos em sua vida.

Opinião: Daniel Defoe escreveu um livro grandioso que ecoa pelos tempos, marcando o seu território e eternizando o romance Robinson Crusoé no hall dos livros de literatura clássica. O texto de Defoe aborda diversos temas como a religiosidade, filosofia, psicologia, economia e a sociedade de forma ampla, dando margem ao leitor refletir e tirar suas próprias concepções acerca do caráter existencial do ser humano. Esse é um clássico que veio para instigar a nossa imaginação, retratando a sociedade inglesa e sua interação com o Novo Mundo. Pode ser visto também por um viés ideológico ao mostrar a relação pacífica do inglês Crusoé com o novo mundo e ao mesmo tempo o autor tece uma crítica em face à barbárie que os espanhóis praticaram ao colonizar o Novo Mundo.
Outro aspecto interessante recaí no campo da psicologia, pois Robinson Crusoé precisa enfrentar uma longa, prolongada e intensa solidão na condição de naufragado, pois é privado do contato com a sociedade e de todas condições essenciais para a sobrevivência durante um período aproximadamente de 27 anos. Essa solidão o leva a confrontar sua existência, sua relação com o mundo e com Deus. A solidão acaba forçando Crusoé a tentar escrever para que ele possa manter um mínimo de civilidade e sanidade e em meio ao cenário desolador Crusoé consegue elevar o próprio conhecimento sobre a natureza humana. Esse livro é imperdível, um clássico com grande estilo.
Sobre a Edição: A Martin Claret leva ao leitor uma edição maravilhosa, a capa é muito bonita e conta com cores vivas. O início de cada capítulo conta com uma arte colorida retratando o que vem em seguida. A fonte e espaçamento ficaram confortáveis, a revisão ficou muito boa e a edição ainda conta com notas de rodapé. Os capítulos são curtos e faz a leitura fluir. A edição conta também com uma apresentação introdutória escrita pela professora de literatura inglesa Sandra Sirangelo Maggio sobre o romance e sua importância.
Sobre o Autor: Daniel Defoe nasceu em 1660, Londres. Foi um escritor e jornalista sendo considerado o precursor do romance realista inglês e do jornalismo moderno. Defoe tentou seguir a carreira eclesiástica, mas acabou desistindo. Ficou famoso graças ao romance Robinson Crusoe publicado em 1719. Os críticos consideram que a forma moderna do romance nasceu como um texto narrativo partindo das memórias de alguns viajantes, especialmente do marinheiro escocês Alexander Selkirk que foi abandonado em uma ilha deserta onde viveu por quatro anos.

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10 Comentários

  1. Oi tudo bem?
    Me parece ser um livro bem emocionante por tratar de escravidão, vou anotar a dica.

    Beijos

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  2. Esse é o típico livro que todo mundo já ouviu falar, porque é muito mencionado em filmes e séries, mas ler mesmo, poucas pessoas leram. Achei legal conhecer um pouco mais sobre a leitura através do post e queria ler essa história para poder entender melhor as referências. A edição também parece estar muito bem feita.
    Beijos
    Mari
    Pequenos Retalhos

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  3. Hey, Yvens, tudo bem?

    Que resenha bacana!
    Eu tenho muita vontade de ler esse livro.
    Ja li uma HQ e uma daquelas versões Readers, da Penguin, em inglês, que são condensadas, sabe? Só com essas leituras eu já gostei bastante da história, imagina só se não vou gostar do original.
    Principalmente por essa parte psicológica que você diz que o livro abrange.
    Com certeza eu lerei! :)

    Beijos!

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  4. oi,Yvens :D
    cara, eu adoro Robinson Crusoé. essa edição da Martin tá muito bonita, realmente... eu li numa bem antiga que comprei num sebo em Recife...
    adoro histórias nessa vibe...
    bjs...

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  5. Olá, tudo bem? Que resenha show. Não conhecia o livro, aliás nem sabia que era um clássico, por isso foi surpresa ver uma resenha dessa que me chamou a atenção. A edição com certeza é linda e espetacular, o que deixa com um atrativo a mais para ler. Adorei!
    Beijos,
    diariasleituras.blogspot.com

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  6. Olá,
    Eu li Robinson Crusoé quando era muito nova, mas me lembro bem da história. E acho que qualquer história sobre naufrago hoje faz referência há algo desta história. Achei a edição bem linda!

    Debyh
    Eu Insisto

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  7. Oi Yvens, tudo bom?
    Sua resenha ficou maravilhosa, eu já sabia um pouco do que se tratava por causa da animação que saiu esse ano se não me engano, eu ainda não assisti, então você me deu uma luz em relação a história e confesso que fiquei muito animada para ler as aventuras do Robison. Ainda mais com toda essa ligação com o novo mundo e esse nova percepção de vida que ele ganha na ilha. Assim que der vou ler!

    Obrigada pela dica!
    Beijos, Camila.

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  8. Oie
    que legal a dica, muito bonita as ilustrações é uma, boa dica, alias preciso ler e relembrar essa historia pois deu até um branco, entao boa dica

    beijos
    http://www.prismaliterario.com.br/

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  9. Vou te dizer, senão fosse apenas pela história eu leria só pela edição, porque olha que edição linda *o* e só vi as fotos né? imagine na minha mão? surto total kk.

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  10. Olá adorei a dica, que edição linda, fiquei curiosa com a história acredito ser emocionante, as fotos ficaram linda, Parabéns!

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