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[RESENHA #128] PRINCE OF THORNS (TRILOGIA DOS ESPINHOS #1) - MARK LAWRENCE




Título: Prince of Thorns (Trilogia dos Espinhos #1)
Autor: Mark Lawrence
Editora: Darkside Books
Tradução: Antônio Tibau
Páginas: 360
Ano: 2013
ISBN: 9788566636116
Onde comprar: Amazon  Saraiva

Sinopse: Tem início a Trilogia dos Espinhos: Ainda criança, o príncipe Honório Jorg Ancrath testemunhou o brutal assassinato da rainha-mãe e de seu irmão caçula, William. Jorg não conseguiu defender sua família, nem fugir do horror. Jogado à sorte num arbusto de roseira-brava, ele permaneceu imobilizado pelos espinhos que rasgavam profundamente sua pele, e sua alma. O príncipe dos Espinhos se vê, então, obrigado a amadurecer para saciar o seu desejo de vingança e poder. Vagando pelas estradas do Império Destruído, Jorg Ancrath lidera uma irmandade de assassinos, e sua única intenção é vencer o jogo. O jogo que os espinhos lhe ensinaram.

Resenha: O primeiro livro começa com a ação acontecendo, sem tempo para explicações, o que acaba prendendo logo de cara sua atenção, pois você quer saber o que, por quê, onde, e os detalhes vão surgindo a cada página. Entre um capítulo e outro o autor volta alguns anos na história para falar do passado de Jorg e assim nos contar sua trajetória. Isso se repete nos três livros, então é recomendado ler todos na sequência para não se perder na história.

É narrado em primeira pessoa, ou seja, estamos dentro da cabeça de Jorg, somos Jorg e a todo momento devemos nos lembrar disso. Há quem diga que os personagens não foram bem descritos e etc, mas não é bem assim: nós não temos tempo de descrever e detalhar alguém porque simplesmente Jorg não se preocupa com isso. É como um Game of Thrones onde não perdemos nosso tempo gostando de alguém que vai morrer. Ele é um fugitivo, um ladrão, bandido, conhece apenas o ódio (a história começa com ele assassinando inocentes) e não é spoiler nenhum dizer que ele mata os próprios "amigos" apenas porque discordaram dele.

Justamente pelo fato de não perder tempo contando sobre o passado de todo mundo (de alguns ele até conta detalhes), o livro é cheio de ação, sempre tem algo acontecendo e, como estamos dentro da cabeça de Jorg, conhecemos o mundo no mesmo ritmo que ele é explorado pelo protagonista. No começo achei ele meio... malandro demais para ter apenas 13 anos, como se ele fosse muito esperto para sua idade, mas depois acabei me acostumando. Ainda é difícil de ler algumas passagens e acreditar que vieram de um adolescente, Lawrence não convence muito o leitor disso e chega a ser ridículo quando imaginamos a cena em nossa cabeça.

Seus grandes inimigos são o rei que mandou matar sua família e seu rei (que também é seu pai), que não fez nada em relação a isso por questões políticas. Jorg foi educado muito bem na realeza durante sua infância inteira até o dia que se irritou com o pai e fugiu do castelo junto com alguns criminosos (que por sinal, ele mesmo soltou e acabou se tornando líder do bando), mas ainda tem 13 anos: é um adolescente que acha que é o dono do mundo. A grande diferença é que deram armas para esse adolescente e ele realmente está tentando ser o dono do mundo. Movido pelo desejo de vingança e poder, acompanhamos sua jornada onde ele enfrenta monstros, fantasmas do passado e seu próprio pai.

Existe magia também, mas ela é bem dosada, nada exagerado na maioria do tempo, e é bem intrigante ver de que forma ela é usada na história. Uma vez ou outra, quando a situação parece impossível, existe uma saída mágica que resolve tudo e isso me deixou um pouco frustrado, como se o autor estivesse dando um jeito de resolver as coisas por milagre e falando: aceita que dói menos. Achei que não haveriam espaços para reviravoltas, mas acabei me enganando, sempre me surpreendia e, apesar de ser um criminoso assassino mimado que se acha foda demais, a gente acaba se apegando ao protagonista. As batalhas são bem descritas: a carnificina, violência, pilhagens, a alegria de poder transar com uma prostituta (afinal, é raro quando é consensual - segundo Jorg), além do universo que, conforme avançamos na leitura, percebemos que se torna cada vez mais familiar...

Opinião: Os capítulos são bem curtos, 5 a 6 páginas, então só naquela de "mais um capítulo e eu paro" você vai longe. As edições da Darkside são maravilhosas, tem um cuidado que eu gostaria de ter em todos os meus livros e eu recomendo a todos que gostam de literatura fantástica, violência e também para quem gostaria de uma história a partir de um ponto de vista de um anti-herói. Só acho que não precisava ser um garoto de 14 anos, se ele fosse pelo menos 10 anos mais velho tudo seria mais crível.

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