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[CRÍTICA #11] GRANDES BIOGRAFIAS NO CINEMA #07 | À NOITE SONHAMOS - FRYDERYK CHOPIN


Título: À Noite Sonhamos - Fryderyk Chopin
Autor: Cássio Starling Carlos
Editora: Coleções Folha (Folha de S. Paulo)
Páginas: 44
Ano: 2016
ISBN: 9788581933641
Onde Comprar: Coleções Folha - Livraria Folha

Produção: Estados Unidos, 1945
Colorido, 113 min.
Estrelando: Cornel Wilde
Direção: Charles Vidor
Áudio original: Inglês
Legenda: Português

Livro com a biografia de Fryderyk Chopin, a cronologia da época e a apresentação do filme, do elenco e do diretor, em meio a fotos da produção.

Sinopse: Polônia, anos 1820. Fryderyk Chopin é um menino prodígio ao piano, e seu dedicado professor, Joseph Elsner, tenta sem sucesso convencer seus pais a deixá-lo levar o jovem a Paris, onde será devidamente ouvido e aplaudido. Na juventude, o talento do rapaz o alça aos salões da nobreza, mas sua revolta contra a ocupação russa da Polônia o obriga a fugir para a França, onde finalmente alcança a glória artística e é aniquilado por uma grande paixão. "À Noite Sonhamos", produção de 1945, reúne os principais ingredientes dos filmes de época da Hollywood de então: luxo, glamour e a ascensão e queda de um herói romântico. A direção de Charles Vidor explora os detalhes mais sentimentais da vida de Chopin, e as composições, carregadas de emoção, embalam sua história marcada por sonhos e desilusões.

Resenha: O livro é uma obra do crítico e professor de história Cássio Starling Carlos em conjunto com Irineu Franco Perpetuo e Pedro Maciel Guimarães. O trio leva ao leitor informações diversas sobre Fryderyk Chopin, como identidade, nacionalidade, profissões e local da morte.

Esse é o sétimo volume da Coleções Folha Grandes Biografias no Cinema e pretende retratar Fryderyck Chopin. O compositor e pianista Chopin nasceu em 1810 em Zelazowa Wola na Polônia. Na obra, ficamos informado que a vocação musical de Chopin surgiu ainda na infância, que chora ao ouvir a mãe "arranhar" o piano.

Em 1818, com apenas sete anos de idade, Chopin dá o seu primeiro concerto público e cai nas graças do grão-duque Konstantin Pávlovitch, irmão do tsar e comandante militar da Polônia, que estava sob o domínio russo. O ambiente musical de Varsóvia se torna pequeno para o gênio Chopin, que após concluir os exames no conservatório, em 1829, parte para Viena, considerado na época um dos grandes centros musicais.

Tamanho é seu êxito internacional e o sucesso em Viena, que em 1831 o jovem pianista resolve tentar a sorte na França, que passa por uma turbulência social, além de uma grande massa de refugiados poloneses. 

Durante a leitura percebemos o afastamento de Chopin das performances públicas, o seu caso amoroso com Aurore Dudevant, uma figura literária que usava o pseudônimo George Sand, esquerdisda e que se vestia como homem. 
Após certo tempo juntos, uma separação ocorre, a atividade composicional de Chopin diminui, agravada por sua saúde, porém, retoma aos poucos os concertos em público. Posteriormente Chopin recebe um convite para tocar nas Ilhas Britânicas, contudo, com a saúde debilitada, volta a Paris meses depois, quando é seu derradeiro ano de vida, algo bastante melancólico, pois perde a capacidade de tocar em público, lecionar ou compor.

Crítica: À Noite Sonhamos é um filme que retrata de forma romanceada, a vida de um dos maiores nomes da música de todos os tempos, Fryderyk Chopin (Frédéric Chopin), que é interpretado por Cornel Wilde. Chopin foi expulso da Polônia por ser recusar em tocar para o governador Czarista de sua época, com isso ele e seu professor musical fogem para Paris.
Na capital francesa, Chopin conhece a escritora Aurore Dupin, que no filme é interpretada por Merle Oberon. Aurore conforme dito acima, usava o pseudônimo masculino George Sand e é por ela que Chopin se apaixona.

Acompanhamos no filme o declínio da saúde de Chopin, sua viagem para Mallorca na Espanha, juntamente com Aurore, pois ele temia que seu romance tornasse público. A viagem para Mallorca, contribuiu para agravar sua saúde, a tuberculose, pois o clima era úmido e chuvoso. 
A adaptação da obra escrita por Ernst Marischka rendeu seis indicações para o Oscar, incluindo melhor ator (Cornel Wilde) e melhor roteiro original. O filme foi produzido em 1944, em plena a Segunda Grande Guerra Mundial, tendo é claro um forte discurso político, pois teve tons em prol e favor da liberdade da Polônio, que estava na época sob o domínio nazista e tal invasão provocou a Segunda Guerra. Mais tarde a Polônia ficou novamente sob o domínio dos Russos.

Quero destacar a trilha sonora do filme que é sensacional, pois contém 16 das mais conhecidas músicas de Chopin. A caracterização e figurinos, estão bem feitos, retratam muito bem a época. As atuações de Cornel Wilder, Merle Oberon, Stephen Bekassy e Nina Foch foram muito boas.
O sétimo volume da coleção Grandes Biografias no Cinema pode ser adquirido em bancas de jornais ou pelo site da Coleções Folha. Recomendo a coleção que é belíssima, um trabalho de muita competência da editora, que através de Cássio Starling e Pedro Maciel fizeram um grande trabalho de pesquisa. Os volumes são em capa dura e as mídias de dvds contém as imagens do atores que interpretaram as figuras históricas.

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2 Comentários

  1. Nota 9,5 a uma quase obra-prima em formato cinematográfico popularesco!
    Recordo-me de haver assistido esta película na infância um par de vezes, porém hoje, melhor conhecedor de sua obra e tocando - mal - algumas, leva-me às lágrimas assistir trechos inteiros em orquestrações muito surpreendentes, principalmente quando ele toca nos concertos com fervor e insistência até cair prostrado diante de seu mestre querido de piano! Ouvir determinadas baladas e polonnaises de Chopin é como ida paradisíaca a algum lugar inexistente na Terra, ascender ao púlpito das artes em suas mais nobres feições e o filme - romanceado e inventivo demais por vezes - nos lembra da grandeza única de Chopin. Arrasante!!

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  2. Nota 9,5 a uma quase obra-prima em formato cinematográfico popularesco!
    Recordo-me de haver assistido esta película na infância um par de vezes, porém hoje, melhor conhecedor de sua obra e tocando - mal - algumas, leva-me às lágrimas assistir trechos inteiros em orquestrações muito surpreendentes, principalmente quando ele toca nos concertos com fervor e insistência até cair prostrado diante de seu mestre querido de piano! Ouvir determinadas baladas e polonnaises de Chopin é como ida paradisíaca a algum lugar inexistente na Terra, ascender ao púlpito das artes em suas mais nobres feições e o filme - romanceado e inventivo demais por vezes - nos lembra da grandeza única de Chopin. Arrasante!!

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