Título: Amor para um escocês (Escândalos e Canalhas # 2)
Autora: Sarah MacLean
Tradução: A. C. Reis
Editora: Gutenberg
Páginas: 288
Ano: 2017
ISBN: 9788582354315
Sinopse: Lillian Hargrove viveu sozinha por anos, reclusa, ansiando por amor e companhia. Desiludida de que todos os seus sonhos pudessem um dia se tornar realidade, a mais bela jovem da Inglaterra se envolve com um artista libertino e mentiroso, que promete amá-la para sempre e implora para que ela pose como sua musa para um escandaloso retrato. Encantada pelo carinho e pela admiração que recebe dele, Lily aceita a proposta e se entrega de corpo e alma ao homem mais falso de Londres, mas fica exposta para toda a Sociedade, tornando-se motivo de piada e vergonha.
A jovem, entretanto, não esperava que um bruto escocês, recentemente intitulado Duque de Warnick e nomeado seu guardião, atravessasse a fronteira da Inglaterra para impedir que a ruína a alcançasse. Warnick chega em Londres com um único objetivo: casar sua protegida – que é bonita demais –, transferindo o problema para outra pessoa, e, em seguida, voltar à sua vida tranquila na Escócia, longe daquele lugar odioso que é Londres. O plano parece perfeito, até Lily declarar que só se casaria por amor, e o duque escocês perceber que, aparentemente, há algo naquele país que ele realmente gosta…
Resenha: A bela Lily Hargrove estava cansada de ser ignorada por seu novo tutor, o escocês Alec Stuart, relutante Duque de Warnick. Com isso, acaba caindo nas garras de Derek Hawkins, um artista libertino que a ilude com a atenção que ela tanto ansiava e faz uma pintura escandalosa da garota - que ele pretende revelar como peça principal de sua obra em um evento com toda a aristocracia de Londres. Informado sobre isso pelo seu advogado, Alec decide viajar para a Inglaterra para tentar impedir a ruína daquela que ele nem sabia ser sua pupila. Ele acaba descobrindo para seu descontentamento (ou desconforto) que Lily é linda e impetuosa demais para seu próprio bem.
"Mulheres inglesas deveriam ser dóceis e submissas. Mas, aparentemente, ninguém havia contado isso para Lillian Hargrove." p. 73.
Alec é um duque relutante pois aprendeu a odiar Inglaterra desde um fato tenebroso de seu passado. Mas retorna para lá no intuito de salvar sua pupila, que não tem culpa de nada. Lily, por sua vez, não consegue confiar nesse homem que a abandonou por tanto tempo. Mas é claro que com a convivência, os dois perceberão que um tem o que o outro precisa para se libertar de seus fantasmas.
"- As regras são tão diferentes para homens e mulheres. Por que tem que importar para o mundo com quem eu sou vista? Por que deve importar o fato de eu ter um encontro em particular com um homem? Não devia ser da conta de ninguém [...]" p. 153.
Opinião: O livro é mais um romance muito gostoso e bem montado da maravilhosa Sarah MacLean. Contudo, é verdade que eu tive alguns problemas com a protagonista - Lillian me pareceu bem inverossímil e sem graça em face de todas as outras distrações do livro. Suas motivações para resistir a Alec também me parecem bem fracas, mas as cenas são desenvolvidas tão bem, com a ajuda de outros personagens já amados, que é impossível não gostar da narrativa. O romance desenvolvido entre Alec e Lily é bonito, mas não me fez ficar tão apaixonada quanto a relação do livro anterior. Adorei como os dois vão aos poucos percebendo o que querem de verdade e e quem são, mas eles ficaram muito mais atraentes quando finalmente tornaram-se um casal. É como se separados eles fossem mesmo incompletos.
O livro reúne outros grandes personagens da linha do tempo da Sarah MacLean - Rei, o marquês de Eversley, de Cilada para um marquês, Duncan West de Nunca julgue uma dama pela aparência e as maravilhosas Irmãs Perigosas, que fazem parte das melhores cenas. Além disso, temos uma personagem surpresa mais para o final, que fez parte da trilogia Os Números do Amor e que ajuda a amarrar as pontas do enredo para que tudo se resolva da melhor forma possível - e que não foi nenhum pouco esperada e me deixou bastante satisfeita. Esse enredo possui os toques da discussão levantada por Sophie no livro anterior, sobre o papel da mulher nessa sociedade e a injustiça da forma como olham diferente para homens e mulheres, mas achei bem mais sutil. Sophie era uma personagem mais segura, acho eu.
Sobre a edição: tem uma diagramação fofa, feminina e parecida com o anterior, com as manchetes do Escândalos e Canalhas no início de cada capítulo. Não lembro de erros de revisão e a fonte com as páginas amareladas não cansam na leitura. Um volume ótimo.
Amor para um escocês é, então, mais uma ótima narrativa da Sarah com a mesma qualidade de suas outras histórias. É uma narrativa mais delicada por causa dos passados dos protagonistas, mas envolvente mesmo assim. Uma ótima leitura de fim de tarde.
Sobre a autora: Sarah Maclean passou grande parte de sua infância entre os livros da biblioteca de sua cidade, onde desenvolveu a paixão por história e um compromisso para com o gênero romance.
O seu amor por todos os fatos históricos a ajudaram na sua formação em História e Antropologia Cultural no Smith College, e Educação na Universidade de Harvard, antes de se mudar para Nova York, onde finalmente escreveu o seu primeiro livro. Desde então, os romances de MacLean tem sido best-sellers no The New York Times e US Today, traduzidos em mais de uma dúzia de idiomas, e indicados para vários prêmios.
MacLean estourou com o livro Nine Rules to Break When Romancing A Rake, seu primeiro best-seller aclamado pela crítica, e sua primeira série de três livros. No início de 2012, lançou sua nova série pré-vitoriana, Rules of Scoundrels, com o livro A Rogue by Any Other Name, que recebeu em 2013 o Prêmio RITA (Romance Writers of America). O terceiro livro da série, No Good Duke Goes Unpunished, ganhou o RITA Award em 2014.
Quando não está escrevendo um romance, Sarah viaja pelo país para discutir sua posição nos estudos culturais e do gênero. A autora é colunista no jornal americano The Washington Post, e suas colunas têm aparecido no The New York Times, Book Reviews e Parents Magazine. Ela também é defensora das questões relativas à educação e alfabetização. Sarah vive em Nova York com o marido, a filha, o cachorro e uma coleção gigantesca de romances.
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