About Me

header ads

[RESENHA #58] A ÚLTIMA POESIA - ORGULHO NASCE A GUERRA

Título: A Última Poesia - Do Orgulho Nasce a Guerra
Autor: Max Wagner
Editora: Chiado Editora
Páginas: 318
Ano: 2016
ISBN:9789895156498
Onde Comprar: Chiado Editora - Livraria Berlim

Sinopse: Erich Maria Remarque e Ernest Hemingway foram os escritores mais célebres que retrataram A Primeira Guerra Mundial com “Nada De Novo Front e Adeus às Armas ”. Desde então, apenas o estadunidense Jeff Shaara com seu romance histórico ” Até o Último Homem” e o galês Ken Follett com " Queda de Gigantes " conseguiram realizar o mesmo feito.

Agora um brasileiro conseguiu escrever um romance sobre a Primeira Guerra: Max Wagner - o descendente de imigrantes italianos trouxe uma visão fantástica da guerra no seu romance “A Última Poesia - Do Orgulho Nasce a Guerra”.

Este primeiro volume que dá início a saga narra a trajetória de um marco na história humana (A Primeira Guerra Mundial) suas perdas, desilusões e o fim do cavalheirismo. É o choque entre o Velho e o Novo Mundo. Neste romance a literatura usou a História como arma para desenhar um retrato vivo e chocante da Grande Guerra.

Uma misteriosa carta  escrita pelo Barão Vermelho a um piloto francês se transforma numa poderosa arma de propaganda, podendo mudar o curso da guerra. A personagem principal da trama é o aristocrata e aviador francês Gerrard de Burdêau, que enfrenta um conflito dentro de si, para entender aquela guerra inútil, que matou milhões de homens e jamais houve vencedores.

O romance retrata passo a passo as grandes batalhas da Primeira Guerra Mundial, o sacrifício estúpido de milhares de vidas, as trincheiras, a lama e o sangue por toda parte. A redenção chega para o capitão Gerrard, quando no final da guerra, em plena Batalha do Marne, encontra uma criança alemã em uma trincheira. Diante dessa situação entra em conflito com seus compatriotas franceses e passa a lutar com todas as forças para ficar com o bebê.

Do outro lado da Europa, o cabo Adolf Hitler, ferido em um hospital na Alemanha, relembra seu passado e os horrores daquela guerra terrível que durava quatro anos...

A história frente a um soldado alemão angustiado na sua loucura, enquanto na França, o aviador Gerrard de Burdêau vive as consequências e o fim do conflito que havia prometido acabar com todas as guerras. Mergulhe nos campos lamacentos da Primeira Guerra Mundial, voe ao lado das grandes lendas aéreas de todos os tempos. Faça parte da saga dos Burdêau!

Resenha: Do Orgulho Nasce a Guerra é o primeiro volume da saga A Última Poesia que o autor pretende retratar as duas grandes guerras mundias. Nesse primeiro volume somos levados pelo autor Max Wagner para a Europa em uma manhã, no dia 28 de junho de 1914, quando um sérvio comete um atentado contra o arquiduque do Império da Áustria-Hungria, o que gera desdobramentos inimagináveis no destino de vários países europeus e culmina com o início da Primeira Grande Guerra Mundial.

"[...] Gavrilo Princip que tomava um café na rua deu de frente com o carro negro e caminhou na sua direção com uma pistola, um policial tentou agarrar o braço dele, mas outro terrorista deu um chute no seu joelho, uma forte explosão de granada assustou as montarias, dois jovens saltaram à frente do carro, Gavrilo Princip subiu no para-lama do veículo e disparou dois tiros." p. 100.

Nessa obra acompanhamo Gerrard de Burdêau que é um homem pertencente a classe nobre francesa, que se torna um símbolo francês durante a guerra contra os alemães do Kaiser, devido suas habilidades no combate aéreo. Além disso Gerrard é contra a guerra, vê esta como algo desnecessário e inescrupuloso, é adepto ao cavalheirismo e bons costumes.

Durante a trama visualizamos diversas experiências pelas quais Gerrard precisa enfrentar durante a guerra, seja pelo ar ou nas trincheiras, isso mesmo, pois apesar de ser um piloto de guerra, em dado momento ele se vê nas trincheiras da guerra, no meio da lama, da podridão dos cadáveres, dos dejetos humanos. Sim, a guerra de trincheiras é suja, desleal, não tem nenhum glamour como os combates aéreos, onde ainda existe algum tipo de cavalheirismo.

"Eu vi tanta dor, tanta morte, tantas lágrimas... Enfim, voltei para casa para ficar longe das batalhas, porém a guerra não queria me deixar em paz, então eu precisei regressar para os duelos aéreos..." p. 205.

O autor nos leva ainda para diversos países, nos demonstrando conflitos em países como a França, Bélgica, Turquia e Rússia. São diversas cenas de batalhas na obra. Além disso conhecemos situações políticas frágeis, como a disputa pelo poder na Grécia, onde os aliados tiverem forte influência para que um dos lados tomasse o poder durante o período dos conflitos.

Opinião: A obra de Max Wagner é um prato cheio para quem gosta de história e principalmente a temática guerra mundial, pois no livro Do Orgulho Nasce a Guerra tomamos conhecimento da realidade nua e crua dos campos de batalhas, das trincheiras, do horror e da fome que os soldados tiveram de enfrentar.

No livro conhecemos também diversas táticas e movimentações militares, conhecemos figuras históricas como Adolf Hitler, desde sua infância até sua inserção e participação como cabo durante a primeira guerra, Churchill e sua contribuição para o Império Britânico durante a guerra, além disso também temos Patton e Douglas MacArthur, figuras importantes do exército americano que desempenharam papéis fundamentais na primeira guerra, que posteriormente foram fundamentais e assim por dizem expoentes do exército americano na Segunda Guerra Mundial.

A obra do escritor brasileiro Max Wagner é rica em detalhes e descrições, nos leva a conhecer a primeira guerra de forma nua e crua, onde milhões morreram por causa do orgulho de poucos, onde vidas de crianças, mulheres e idosos foram ceifadas sem nenhuma dó ou piedade.
A Chiado Editora fez um trabalho de muita qualidade na edição, o livro tem uma capa linda, as folhas são amarelas, possui orelhas, tem prefácio, agradecimentos, sumário e diversas imagens. 

Eu solicitei esse livro através da parceria com a Chiado e amei a obra. Super recomendo a obra de Max Wagner, que me lembrou por exemplo escritores como Ken Follet e Steven Runciman, pelo detalhismo e nível de realidade contido na obra.

Postar um comentário

1 Comentários