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[RESENHA #49] REI ARTHUR E OS CAVALEIROS DA TÁVOLA REDONDA

Título: Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda
Autor: Howard Pyle
Editora: Zahar
Páginas: 328
Ano: 2013
ISBN: 9788537810651
Onde Comprar: Amazon - Americanas - Saraiva

Sinopse: O ilustrador e escritor Howard Pyle revive, em palavras e imagens, a saga do Rei Arthur e seus cavaleiros, desde o momento em que Arthur estabelece seu direito ao trono, ao retirar de uma bigorna a espada nela cravada. O livro relata suas batalhas com o Cavaleiro Negro e com o Duque da Nortúmbria, e seus esforços para manter consigo a mágica Excalibur; seu amor por Lady Guinevere e as origens da Távola Redonda; Merlin, traído pela feiticeira Vivien, além de Morgana e a Dama do Lago; Sir Pellias, Sir Gawaine e tantos outros nobres cavaleiros. E, ao fim, vê-se formulado o enigma de cuja resposta depende a vida de Arthur...

Essa edição comentada e ilustrada inclui todas as 41 ilustrações e o texto integral do primeiro livro de Pyle sobre a saga de Arthur, rei da Bretanha. A linguagem e a diagramação do livro são inspiradas nos textos medievais, com resumos da história em pequenos destaques ao longo do texto. A versão impressa apresenta ainda capa dura e acabamento de luxo.

Resenha: Howard Pyle escritor e ilustrador americano, escreveu no século XIX este romance de cavalaria, trata-se de uma obra sobre as lendas arturianas ambientada no século XII, com foco no Rei Arthur e seus cavaleiros.

Em "Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda", livro publicado pela editora Zahar, sendo o primeiro volume da tetralogia que Howard Pyle escreveu sobre o Rei Arthur. Na tetralogia, ele conta desde o nascimento do rei, trazendo parte da sua infância e adolescência, passando por seu casamento, sua morte e decadência do seu reino.

O livro é dividido em dua partes. Na primeira parte o foco recaí sobre a figura, o personagem Rei Arthur, onde vamos tomar conhecimento do seu nascimento e a sua descoberta sobre pertencer a uma linhagem real, como ele adquiriu e tomou posse da lendária espada Excalibur, o fato de sua vida mudar completamente devido um grande acontecimentos quando o mesmo tinha apenas 15 anos de idade.

"A verdade é que não tinha se dado conta do que tinha feito ao retirar a espada da bigorna, e nem sabia que grandes acontecimentos viriam daquele evento tão pequeno, pois assim é nesse mundo, que um homem às vezes prove ser digno de uma confiança tão grande como aquela, e no entanto, tenha o- espírito tão humilde, que nem mesmo saiba ser digno dela. E assim foi com o jovem Arthur naquela ocasião." p. 53

Na segunda parte do livro vamos conhecer a história do Merlin, do cavaleiro Sir Pellias e do Sir Gawaine, sendo os dois último cavaleiros integrantes da távola redonda. Inicialmente, é contada a história do amor de Merlin pela maldosa feiticeira Vivien e como a jovem o encantou e derrotou.

"Pois bem, aconteceu que num dia em que Vivien estava sentada no jardim e fazia um tempo incrivelmente agradável de verão, Merlin lá entrou e a avistou. Mas quando Viviem pecebeu que ele se aproximava, sentiu-lhe um desprezo súbito e tão grande que não ia suportar estar perto dele, então se levantou apressada com o intuito de fugir dele." p. 189

O livro nos traz, ainda cenas como a coroação de Arthur, a transformação do rapaz tornando-se rei, a criação da Távola Redonda com a nomeação dos primeiros integrantes e leais cavaleiros de Arthur, o confronto que ocorreu contra um dos mais poderosos inimigos que precisou enfrentar, que é o Cavaleiro Negro. Pyle nos traz também a relação de Arthur com sua meia-irmã, Morgana e os desdobramentos desta.

Opinião: Adorei ler essa obra de Pyle, de forma que pude conhecer um pouco mais sobre os personagens das lendas arturianas. Esse é um livro que funciona muito bem como uma aventura, não tem aquela pegada de drama ou épica como alguns filmes, além disso exalta muito a honra e amizade, valores que nos dias atuais estão um pouco escassos, além de retratar também traições e sentimentos como ódio e inveja.

O vocabulário presente na história é bem trabalhado, muito culto, com frases bem construídas, assemelhando um estilo voltado para a época medieval, algo que difere das obras contemporâneas. Todavia esse vocabulário e narrativa bem trabalhada em nenhum momento dificulta a leitura. A história é narrada em forma de contos, dessa forma existe um contador de história, que funciona como um observador.

Howard Pyle enriqueceu o livro, inserindo diversas ilustrações em preto e branco feitas por ele, que contribuem bastante na inserção do leitor nesse mundo medievalesco, retratando algumas passagens e personagens da história.

Nesse livro podemos visualizar uma grande harmonia entre o cristianismo e o paganismo, não existe uma relação conflituosa, pelo contrário por vezes uma dama utiliza-se de ambos para tentar conquistar algo ou mesmo para agradecer o que foi obtido.
A editora Zahar como sempre fez um excelente trabalho na edição de "Rei Arthur e os Cavaleiros da Távola Redonda" trazendo um prefácio de Lênia Márcia Mongelli - uma especialista em literatura portuguesa. O livro é uma edição com capa dura, possui diversos comentários no rodapé quando se fazem necessários para explicar algo contido na história, além disso o livro tem folhas são amareladas e conta com uma diagramação muito linda.

Por Yvens Castro

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6 Comentários

  1. Eu adoro a lenda do Rei Arthur, mas nunca li nenhum livro realmente sobre, só li artigos e vi filmes/séries. A Editora Zahar não decepciona na edição, com certeza assim que bater o olho em alguma livraria comprarei.
    Bela resenha, Yvens, beijos!
    http://www.renatavarela.com.br/2016/05/sobre-adaptacao-de-extraordinario.html

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    1. Olá Renata, o livro é muito legal!
      Tem vários livros sobre ele!

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  2. Ei Yvens,
    Tá aí um gênero literário que nunca li mas tenho muita vontade e achei uma boa começar por esse, adorei a resenha, bem instigante. Teria necessidade de eu ler algum antes desse?
    Obrigada, abraço

    Nanda

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  3. Comecei a ler a trilogia ''O Rei do Inverno - As crônicas de Artur'' e achei super bacana. Após ler a sua resenha, achei interessante eu ler esse livro também. Adorei a resenha!

    Beijos.
    http://cantinhodaescritablog.blogspot.com.br/

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    1. Tudo bem Lídia?

      Então, a trilogia do Bernard Cornwell é muito boa mesmo, além dele tem a trilogia do "Rei Artur" da escritora australiana M. K. Hume. Esse livro da Zahar é bem legal mesmo.

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