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[RESENHA #121] A ESPIÃ - PAULO COELHO


Confesso nunca ter gostado da escrita do Paulo Coelho, eu só li "O Alquimista" e não me agradou, perdi o interesse em ler os outros livros, mas pela primeira vez o Paulo me surpreendeu com A Espiã que em breve será lançado pela editora Paralelo. Eu li o e-book  e vou compartilhar em primeiro mão a minha impressão sobre a obra.
                                                                                           

Título: A Espiã
Autor: Paulo Coelho
Editora: Paralela
Gênero: Literatura / Romance
Páginas: 184
Ano: 2016
ISBN: 9788584390373
Onde Comprar -  Saraiva

Sinopse: Mata Hari foi a mulher mais desejada de sua época: bailarina exótica que chocava e encantava plateias ao se desnudar nos palcos, confidente e amante dos homens mais ricos e poderosos de seu tempo, figura de passado enigmático que despertava o ciúme e a inveja das damas da aristocracia parisiense. Ela ousou libertar-se do moralismo e dos costumes provincianos das primeiras décadas do século XX e pagou caro por isso: em 1917, foi executada pelo pelotão de fuzilamento do exército francês, sob alegação de espionagem. Em seu novo romance, Paulo Coelho — um dos três autores mais admirados pelos leitores brasileiros — revisita com brilhantismo a vida dessa mulher extraordinária, mostrando ao leitor que as árvores mais altas nascem das menores sementes.


Resenha: Livros que falem sobre História ou sobre biografias chamam sempre a minha atenção. Posso dizer que em pouco tempo li o livro. Talvez a minha admiração pela obra seja pela fato de eu amar romances históricos, e Mata Hari é uma das favoritas. Eu conheço bem a história dessa bailarina exótica que viveu durante a Primeira Guerra Mundial. Em 2017 eu lançarei "O Silêncio das Armas" segundo volume da saga A Última Poesia, Mata Hari estará no meu livro. Uma mulher forte, que aproveitou o seu físico e a sua inteligência para atrair os homens, com a finalidade de conseguir sobreviver num país que não era o seu, mas com o qual sempre tinha sonhado.

Vítima de violência doméstica por parte do seu marido, Margaretha Zelke, natural da Holanda, decide mudar de nome e de vida e parte para Paris como bailarina exótica. Lá conhece muita gente, sobretudo homens, fascinados pela sua performance.

Paulo Coelho baseia a maior parte do livro nas aventuras amorosas de Mata Hari, e acaba por "desprezar" a sua importância enquanto espiã, se é que teve. No entanto, foi como espiã que a holandesa acaba por ser condenada à morte, com a acusação de traição durante a I Guerra Mundial.

Em A Espiã, o autor coloca Mata Hari na primeira pessoa, a defender-se das acusações que diz injustas, e a poucas horas de ser fuzilada. A Espiã acaba por contar parte da sua vida e proclama inocência, ao mesmo tempo que está convencida de que, até ao último minuto, algum homem importante com quem foi para a cama, a vai salvar. Repleto de frases feitas, mas que nos tocam ao longo da sua leitura, A Espiã ajuda a conhecer um pouco mais de Mata Hari e da sua vida amorosa. 

Alguns trechos do livro:

"Como é que uma mulher que durante tantos anos conseguiu tudo o que queria pode ser condenada à morte por tão pouco."

"Sou uma mulher que nasceu na época errada e nada poderá corrigir isso. Não sei se o futuro se lembrará de mim, mas, caso isso ocorra, que nunca me vejam como uma vítima, e sim como alguém que deu passos com coragem e pagou sem medo o preço que precisava de pagar."

"O amor é um veneno. Uma vez apaixonada, deixa de ter controle sobre a sua vida, já que o seu coração e a sua mente pertencem a outra pessoa. A sua existência fica ameaçada."



"Quando não sabemos aonde a nossa vida nos está a levar nunca estamos perdidos."
             
                                                                                                                                                         
Biografia: Margaretha Gertruida Zelle (Leeuwarden - Holanda, 7 de agosto de 1876 — Vincennes- França , 15 de outubro de 1917), conhecida como Mata Hari, foi uma dançarina exótica dos Países Baixos acusada de espionagem que foi condenada à morte por fuzilamento, durante a Primeira Guerra Mundial. Em diferentes ocasiões sua vida foi alvo da curiosidade de biógrafos, romancistas e cineastas. Ao longo do tempo, Mata Hari transformou-se em uma espécie de símbolo da ousadia feminina.

Mata Hari era filha de um empresário, Adam Zelle, e de Antje van der Meulen. A situação delicada de sua família piorou quando, aos 15 anos de idade, Mata perdeu sua mãe. No início do século XX, depois de uma tentativa fracassada de se tornar professora, um casamento igualmente fracassado com Rudolf John MacLeod e de ter dois filhos, Norman-John MacLeod e Jeanne-Louise MacLeod, ela se mudou para Paris. Morou por algum tempo na ilha de Java, de onde tirou inspiração para seu pseudônimo.

Ela posava como uma princesa javanesa e se tornou uma dançarina exótica. Seu pseudônimo Mata Hari quer dizer sol (mas literalmente "olho da manhã") em malaio e indonésio. Ela também foi uma cortesã que teve casos amorosos com vários militares e políticos.

Durante a guerra, Mata Hari dormiu com inúmeros oficiais, tanto franceses quanto alemães e se tornou um peão da intriga internacional, apesar dos historiadores nunca terem esclarecido com exatidão se ela fora realmente uma espiã, e se sim, quais eram as suas atividades como tal. Em 1917 ela foi a julgamento na França acusada de atuar como espiã e também como agente dupla para a Alemanha e França. Foi considerada culpada e no dia 15 de outubro do mesmo ano fuzilada.

Existem vários rumores em torno de sua execução. Um dos mais fantasiosos diz que os soldados do pelotão de fuzilamento tiveram de ser vendados para não sucumbir a seu charme. Outra história cita que Mata Hari jogou um beijo aos seus executores antes que começassem a disparar. Uma terceira versão diz que ela não só jogou um beijo, mas também abriu a túnica que vestia e morreu expondo o corpo completamente nu.

O filme de 1931, "Mata Hari", descreve seus últimos dias de vida. Greta Garbo interpretou o papel principal. Existe uma outra versão do filme Mata Hari de 1985 com a atriz holandesa Sylvia Kristel.

Mata também é mencionada na comédia Casino Royale (1967), quando é dito que, ela e James Bond tiveram uma filha, chamada Mata Bond, e Mata Hari foi o grande amor da vida de James. No seriado Charmed, no episódio 13 da sexta temporada, Phoebe Halliwell (Alyssa Milano) incorpora o karma de Mata Hari. É citada também como um "quase" caso de Dimitri Borja Korosek, personagem principal no livro "O Homem que matou Getúlio Vargas" de Jô Soares.
                                                         







  

                             





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2 Comentários

  1. Olá, vi vários comentários sobre o livro, não li ainda nenhum livro do Paulo Coelho. Conheço a história por alto, com a sua resenha fiquei curiosa para conhecer.

    www.mundofantasticodoslivros.blogspot.com

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    1. Camila Martins, dessa vez o Paulo Coelho me surpreendeu, é o único livro dele que eu gostei.

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